A ESPIGA

Inspirar, Curar e Nutrir são vias essenciais de Ser e é preciso lembrar:
* um raminho de Oliveira: pelo tempo de crescer e maturar, luz, alimento, conciliação
* a papoila: o pequeno é preciso e precioso, tem cura por dentro
* o malmequer: a simplicidade voluntária é o caminho
* espiga de trigo: recebemos alimento que devolvemos pelo bem fazer do nosso coração e mãos; porque a Vida faz-se no momento certo de colher, moer, amassar, levedar e cozer.
A espiga é o pão de hoje e a semente de amanhã.

Colocar atrás da porta de entrada, voltada para baixo.
Para secar e para que as sementes que caiem no chão voltem à Terra pelo labor das nossas mãos e clareza da intenção. Veremos o ramo ao sair e ao entrar lembrando que a Terra é o lar, lembrando todas as relações e interacções que nos suportam e nutrem e por isso nos protegem.
Recebo por isso dou, posso dar pois recebo. Ver o ramo de espiga atrás da porta todos os dias lembra-nos de não tornar invisível o tanto que temos e nos é dado e de ser menos exigentes com o que queremos ter, avaliando se realmente importa.
Que o Amor seja o respeito e gratidão diários por tudo aquilo que é e precisa de Ser pelo bem Maior que é a Vida de tudo e tod@s.

Celebra-se o dia da Espiga e lembro o tempo em que brotavam da Terra Primaveril plantas com a permissão de existir.
Espigas de trigo selvagem, papoilas, malmequeres, que não tinham máquina nem químico à espreita.
Passeio pelas estradas campestres de Sintra desolada, vejo terra deserta e plantas cortadas onde a Vida abundante tentou brotar e não pôde.

É urgente celebrar a espiga, a Vida Verde, o nascer, crescer e Ser em Paz.Para plantas, crianças e Mães, para a Alma de cada um(a) de nós, no seu tempo e espaço sagrado.
Preservar e celebrar a Vida é urgente e a grande via d@ guerreir@ interior.
Que a Espiga é a Espada da Vida em equilíbrio, que não se apaga.

13 de Maio, 2020